sexta-feira, 27 de agosto de 2010

EDITORIAL



Já vimos, ao longo dos anos alicerçado pela experiência, que muitos jovens saindo da adolescência, desenvolviam um conhecimento enxadrístico, prático e teórico, bem acima da média. Citaremos, a título de ilustração, cinco nomes, aqui da Paraíba, que nos chega à lembrança neste instante: Frank Lins, Ivson Miranda, Francisco Cavalcanti, Fernando Sá e Ítalo Matias. Pelo que eles fizeram à época, as conquistas que tiveram então, e a bela presença no tabuleiro, certamente teriam conquistado o título de Grande Mestre. Mas cada um deles tomou o seu destino e apenas um, lutando contra todos os obstáculos, conseguiu avançar um pouco ao conquistar o título de Mestre FIDE, o primeiro da Paraíba. Seu nome é Francisco Cavalcanti que hoje vive, profissionalmente em função do xadrez, como professor e coordenador do projeto Xadrez nas Escolas da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Os outros quatro não têm o xadrez como profissão e são pouco competitivos em torneios fechados ou abertos.

E o que acontece com os da geração de hoje? Podemos citar três jovens: Doriedson Lemos, Arthur Olintho e Daniel Meira, sendo que este último (14 anos) tem uma vantagem, quando se pensa no futuro, e essa vantagem é a pouca idade e o apoio sistemático de sua mãe, que participa ativamente das alegrias e tristeza do filho. Temos que reconhecer que a Federação Paraibana de Xadrez , através da Organização Reino de Caíssa, deu sua valiosa contribuição à performance desses três enxadristas, proporcionando torneios valendo rating FIDE, o que não havia até dois anos atrás na Paraíba. Mas isso ainda é muito pouco para que esse três jovens conquistem o que eles merecem.

Mas sejamos realistas: tudo isso que hoje acontece, ou seja, as facilidades de se estudar xadrez, as facilidades de comunicação, os sem números de torneios, tudo isso é pouco quando não se investe na base. Vimos crianças num torneio escolar semana passada, que poderiam ser treinadas por enxadristas competentes, mas pelo que podemos avaliar hoje, elas não terão o apoio que deveriam ter por falta de compreensão e visão, e até mesmo de vontade dos responsáveis para que eles possam ter essa formação enxadrística. Constatamos, por fim, que esse é um trabalho árduo, de formiguinha, até que um dia se desperte a consciência do que vem a ser o verdadeiro significado do Xadrez na formação e na felicidade dos jovens.

2 comentários:

  1. Concordo plenamente!Estou no estado a menos de um mês e percebo que isto acontece em muitos lugares no pais.Vim para poder contribuir ,sou especializado exatamente nisso ,um bom treinamento de base,passando para um mestre lapidar!Acho que em menos de um ano teremos resultados .Fico a disposiçao para ajuda,prof.robertochess@gmail.com,91260161.ate mais!Experiencia internacional sempre ajuda!!

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  2. Fernando,
    Seria interessante que cada jogador experiente adotasse um jogador mirim e o treinasse. Depois o Reino de Caissa poderia proporcionar um torneio apenas para esses jogadores. Acho que seria um bom começo.
    Evandro

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