domingo, 11 de agosto de 2013

O xadrez nosso de cada dia!


Quando nos últimos dias provocamos aqui a reflexão sobre a importância do xadrez em nossas vidas, queríamos mesmo tentar fazer com que pensássemos sobre a relação que tem o jogo com o nosso cotidiano. Talvez a questão posta não tenha sido nos seus termos ideais, no que se refere ao propósito buscado, em contraposição com as interpretações possíveis. Logo tivemos a reação de um respeitado mestre, realçando que, na vida, há valores supremos como a família e a saúde, no rol dos quais o xadrez não deve ser incluso, por sua relevância obviamente tida como menor. Indiscutível tal premissa, não é mesmo? A ideia nossa, entretanto, foi aguçar a percepção de que, para nós, enxadristas praticantes, o jogo dos reis faz parte do nosso cotidiano, assim como acontece com nossas interações diárias com familiares, com o cuidado com nossa saúde, com o labor nosso de cada dia... Simples assim, sem ousar atribuir-se escala de valores para tais afazeres! Nesse sentido, penso que o xadrez é sim importante em nossas vidas. Jogamos partidas, assistimos atentos aos bons combates (no agradável cenário de muitos ao redor do tabuleiro, que a mim, particularmente, me fascina), buscamos notícias sobre xadrez nas nossas leituras, estudamos o jogo para melhorarmos nosso desempenho...Somos, enfim, enxadristas, assim como somos (sem graduação, repito), pais, filhos, profissionais, artífices etc. E por que estamos tentando discutir o xadrez em nossas vidas? Não há resposta pontual, contudo. Talvez, a provocação pretenda fazer com que pensemos sobre o que podemos fazer pelo xadrez. Queremos convívio e harmonia familiar, queremos saúde física e mental, queremos crescer profissionalmente... E o que queremos com e para o xadrez? Individualmente haveremos de ter nossos objetivos: atividade social, diletantismo, busca de titulações... Entretanto, numa perspectiva maior, de desenvolvimento do esporte, qual haverá de ser nossa contribuição? Voltaremos ao tema.

4 comentários:

  1. Excelentes palavras, Fernando.
    Desde que cheguei em João Pessoa, venho diminuindo gradativamente a minha prática de xadrez em partidas. Isso, contudo, não indica que o meu interesse pelo xadrez haja diminuido. Ao contrário, descobri outro mundo interno ao jogo que extrapola o estudo e a prática de partidas: o mundo das peças de xadrez, como interpretação artística. Venho estudando as peças durante um bom tempo. Alguns já me consideram especialista no tema. Há um enorme campo cultural no desenvolvimento e desenho das peças. A própria história do xadrez poderia ser narrada pelas peças. Penso no xadrez continuamente, mesmo sem jogar partidas.

    ResponderExcluir
  2. Joabe, parabéns pelo seu lindo trabalho. Continue assim. Você é um excelente artista.

    ResponderExcluir
  3. Fernando, adorei o texto. Apesar de ainda ser uma formiguinha do xadrez, pouco a pouco estou tentando me adentrar nesse mundo, que prá mim ainda acho desconhecido. Se um dia eu me tornar uma verdadeira enxadrista, aí sim, vou tentar desvendar os mistérios desse reino.

    ResponderExcluir
  4. Prezado Fernando,

    Gostei muito do texto, nos instiga a viajar numa boa reflexão...
    Sobre este tema (importância do xadrez) podemos plagiar a frase do frase do notável escritor Nelson Rodrigues sobre o futebol e aplicá-la ao nobre jogo, logo:
    - O xadrez é a coisa mais mais importante dentre as menos importantes!

    Abraço a todos os visitantes do Reino de Caíssa!!!
    Estarei a passeio em João Pessoa no início de setembro,

    Marcone Fiuza

    ResponderExcluir