domingo, 22 de maio de 2011

Lance de laboratório


Illya x Mecking




Na década de 70, quando Henrique Mecking estava entre os melhores do mundo, ele costumava se trancar a sete chaves e estudar variantes secretas para surpreender seus adversários. Pelo que disse os leitores deste blog Fernando Sá, Gcafalchio e AloisioF, todos elogiando o sacríficio de dama, o comentarista e colunista espanhol Leontxo Garcia praticamente endossa qundo diz que Mequinho foi implacável "no aproveitamento da vantagem adquirida na abertura". Para Leontxo, no entanto, Illya se deixou atrapalhar por uma preparação de laboratório que podia ter evitado se sua preparação fosse mais completa, e observa que a família do garoto procura um treinador adequado para ele. Tudo bem, não questiono o respeitado Leontxo, mas será que o lance de Mequinho, sacrificando a Dama, não foi uma boa preparação de laboratório, ou será que o brasileiro só sacrificou porque o ucraniano cometeu algum tipo de erro no que permitiu o sacrifício? Seria proveitoso se os leitores opinassem. Afinal, essa partida merece ser mesmo estudada.

7 comentários:

  1. Olá,
    Bom, hj em dia todos os GMs usam computadores para sua praração. Mas, prever um erro de um adversário é coisa que nenhum software faz. Mequinho parece spre ter sofrido um pouco nas abeturas depois de sua volta ao xadrez porque houve um grande avanço nessa área, que ele não acompanhou direito. Imagino que tenha ido atrás do prejuízo e estudado bastante. Agora, assim como Granda, Mequinho tem um talento natural para o xadrez, que depende muito mais de sua intuição do que de preparação. Se realmente se preparasse, como fazem os GMs das gerações mais novas, iria muito melhor nos torneios.
    Falando no tal comentarista espanhol, senti uma certa rejeição ao Mequinho, pelos comentários que li nas últimas rodadas. O primeiro dizia que Mequinho foi deselegante ao bater com as peças e no relógio em sua partida com Vallejo, quando estava em apuros de tempo. No último, que Mequinho era um jogador muito nervoso, que protestava com os árbitros por pouca coisa. É assim mesmo?
    Abraços

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Como Tiago Augusto postou (em http://va.mu/Dj0 )esta variante é bem conhecida do Mecking , quando Rafael Leitão perdeu na mesma variante para um GM Italiano
    http://www.chessbase.com/news/2010/khanty/games/khanty09.htm

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  4. e o proprio Illya, ja jogou esta linha este ano no Tata Chess. E ganhou com o lance Dd2 ao inves de Dc2.

    Abraço

    IK

    Krugercwb.blogspot.com

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  5. Fala Fernando, tudo bem? Como já foi comentado acima, fiz um post no Vida em Miniatura contando os bastidores do sacrifício de Mecking. Tive a sorte de conversar um pouco com ele e com seu segundo e treinador, logo após o duelo. Ficaria feliz com sua leitura: www.vidaemminiatura.com Abraços! Tiago A. Santos

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  6. Fernando, creio que o sacrifício não foi meramente intuitivo, Mecking jogou parecendo saber que o lance criaria algumas complicações que poderiam beneficiá-lo; eu estava acompanhando a partida e, pela primeira vez no torneio, Mecking estava com mais tempo no relógio que seu oponente. Consegui a partida com comentários e análises "by engine", colocarei a mesma em meu blog em alguns dias, assim que fizer as traduções necessárias. Para quem se interessar (se o xará me permitir): http://fernandochessblog.zip.net

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  7. Legal as referências que vcs colocaram. Abraços

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